quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Cabeleira, descabelado!

Oi, oi, oi.


Todo mundo tava chamando Francisco de menina por causa do cabelo. Aí decidimos (com dor no coração) cortar a cabeleira do menino. Quando cheguei  no barbeiro, o dono falou para não cortar porque o cabelo dele tava lindo. Desisti e saí correndo de lá. Mas na semana seguinte a confusão continuou, marido se estressou e resolveu que cortaria de qualquer jeito.

Voltamos ao mesmo barbeiro, o dono não estava lá e o filho dele cortou do cabelo do meu molecote. Ele ficou quietinho no começo, depois se mexeu, remexeu, vira, grita, chora. Deu trabalho, mas agora ele tá ainda mais bonito!

Já cortou o cabelo do seu bebê? Como foi a experiência?

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Estressada sim!

Oi, oi, oi.

Sou uma pessoa nervosa desde sempre. Sou intolerante com algumas muitas coisas, falo sem pensar. Sofro da Síndrome da Sinceridade. Mas tem duas coisas que alteram totalmente meu humor matutino: me acordarem e não dormir bem. Putz! Fico irritada, mal humorada. E, sem querer, eu acabo descontando isso no Francisco. Tadinho...

Falo com ele mais rispidamente, qualquer chorinho dele me aborrece. Na minha cabeça eu tento controlar esses impulsos. Sei que é por causa do cansaço. Depois me repreendo, peço desculpas a ele, choro.
Conversar (desabafar) com Ivan (pai) me ajuda bastante. Ir pra piscina também tem me aliviado muitos nesses dias difíceis. Isso é normal? Outras mamães também passam por isso?

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Racismo



Cresci ouvindo histórias de preconceito racial. Não, meus pais não são militantes do movimento negro. Minha mãe é branca, meu pai negro e ele sofreu com o racismo por parte dos meus avós maternos. Meus pais sempre fizeram questão de nos mostrar que o amor esta acima de tudo. Que não há cor, religião, nem nada que supere a força do amor. Minha mãe tinha 13 anos quando começou a namorar meu pai que tinha 15, mas eles se conheciam desde sempre. Eram vizinhos de parede, uma casa colada na outra. Foram dez anos até se casarem. Meus avós maternos não foram ao casamento, nem acompanharam as quatro gestações da minha mãe. Somos quatro irmãos morenos e lindos de morrer. Meus pais sempre visitavam meus avós e nos levavam junto. Tivemos convívio com eles, mas não nutrimos amor, apenas respeito. Antes de morrer, meu avô pediu desculpas a minha mãe.

Por que estou contando isso? Bom, meu Francisco é branquinho como pai e por duas vezes - eu disse DUAS vezes - acharam que eu fosse a babá dele. Não foi a primeira vez que sofri com o racismo, mas agora me senti ofendida. Não por ser a babá, profissão digna como qualquer outra. Mas por eu ser negra não posso ter um filho branco? Uma senhora aqui no condomínio onde moro perguntou se eu ficava com o Francisco todos os dias e depois se eu dormia no trabalho. Foi aí que entendi. Falei que eu era a mãe dele, e ela na cara de pau, disse: "Ah, você é a mãe dele? Mas ele é tão branquinho". Nossa! Que vontade de socar a cara dela! Minha resposta foi a seguinte: "Senhora, o apartheid foi na África do Sul. Aqui no Brasil, o negro pode procriar com quem ele quiser." Dei as costas e quando a vejo de um lado do play eu vou para o outro.

A última foi no pediatra. A pergunta foi bem direta: "Você é a mãe dele ou a babá?". Fiquei mal. Chorei. Me coloquei no lugar do meu pai a trinta anos atrás. É muito triste constatar que existem pessoas que julgam pela aparência, cor, cargo, idade, nível social. Todas as babás são negras? É um requisito do cargo? Por isso chorei de novo com o que aconteceu com o Tinga, jogador do Cruzeiro. Imagino a cabeça dele, dos filhos, da família por passarem esse constrangimento. Eu, que sou super explosiva, tive reações passivas nas duas situações. Não chamei a polícia, nem me ocorreu chamá-la. Fiquei tão perplexa que travei.

Espero que o Tinga não se abale e que mostre sua força em campo. Espero não passarmos por isso de novo. Espero ter força para denunciar. Por isso, estou #fechadocomotinga.

RACISMO É CRIME INAFIANÇÁVEL.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Pintando o sete

Oi, oi, oi!!!
Mais uma semana começando e cheia de coisas pra fazer. Hoje, Francisco tomou duas vacinas. Se mexeu tanto que a enfermeira acabou arranhando ele com a ponta da agulha. Ainda falta a da Hepatite A, mas o sol me venceu mais uma vez. Fica pra amanhã de manhã.
Então com esse calor vamos pra piscina? Não, porque segunda-feira é dia da limpar a coitada. Hum, me deixa pensar em alguma coisa...
Já sei! Vou fazer tinta (1 colher de farinha de trigo, 4 colheres de água e corante) e dar pro Francisco pintar a parede do quarto. Bom... Eu realmente achei que ele fosse pegar o pincel e pintar a Capela Sistina. Mas ele derramou toda a tinta no chão, deitou e rolou, lambeu e ainda reclamou da mão suja.
Olha meu moleque todo colorido!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Omelete

Oi, oi, oi.
Até os 12 meses, Francisco comia só a gema do ovo. De lá pra cá (36 dias) o pediatra liberou e  agora ele come também a clara.
Só fazia ovo cozido e um dia resolvi fazer ovo estrelado. Coloquei uma gotinha de óleo de girassol e "fritei"a gracinha. Não é que o moleque comeu e gostou?
Ontem inventei mais uma receitinha com ovo: omelete.
Receita:
ovo
cebola roxa
pimentão verde
tomate
abobrinha
Bati o ovo no mix, coloquei na frigideira com uma gota de óleo de girassol e joguei o restante por cima.
Completei o prato com batata baroa sautê  e carne moída. Delicioso e saudável (eu acho).
* Francisco ainda ta enjoadinho por causa do resfriado e não comeu tudo.
** Pra não jogar fora, eu comi a omelete com pão preto.
Beijo nas crianças <3

Resfriado e piscina

Oi, oi, oi.

Uma semana depois que completou um ano, Francisco ficou com febre. Chegou a 39.5 e os papais de primeira viagem aqui choraram aos baldes. Liga pro pediatra, banho gelado, Dipirona. E assim como chegou ela foi embora. Na semana seguinte, o olho esquerdo começou a remelar muito. Lavamos com soro, passou pro outro, mais preocupação no coração. E como a febre, sumiu uma semana depois.

Aí, do nada, vem aquele tosse de cachorro, rouca. Era o catarro gritando. Aff! Pediatra manda nebulizar em casa mesmo. Cinco dias depois estamos aqui, com a tosse quase sumindo, o catarro ora amarelado, ora esverdeado parou de escorrer pelo nariz.

Então vamos tomar um banho de piscina pra tirar a uruca!

TCHIBUMMMM!!!

Quem disse que criança não come hambúrguer?

Quem me conhece sabe que sou meio intolerante com quem se mete em tudo. Me deixa aprender, cara!
A onda agora é a alimentação do Francisco. Eu e marido sempre fomos gordinhos, mas depois que nosso bebezuco nasceu decidimos nos cuidar para ele.

Marido começou no Vigilantes do Peso (que eu super recomendo). Depois começou a ir pro trabalho de bicicleta. Moramos em Niteroi e ele trabalha em Botafogo. E não parou por aí não. Ele ainda acrescentou um circuito de academia na areia da praia no meio desse trajeto. Muito pique, né?

Eu apenas vou na rebarba da dieta. Como é vou fazer academia com Francisco? No carrinho ele não fica, na cadeirinha muito menos. Até comprei uma bicicleta dobrável pra passear com ele, mas a bendita não suporta cadeirinhas. Mereço!

Voltando à alimentação saudável. Olha o hambúrguer que fiz pro Francisco almoçar/jantar esses dias.

Receita:
150g carne moída
50g cenoura picadinha cozida
50g de biscoito integral triturado
1 dente de alho picado

Misture tudo. Com um aro forme os hamburguinhos e leve ao forno no tabuleiro com papel manteiga por cerca de 10 minutinhos. Você pode acrescentar salsa, cebola, alho poró, abobrinha ou outro legume que sua criança gostar.

Bon apetit!


Beijo nas crianças 

Francisco

Dia 26 de maio de 2012 descobri que seria mãe.  E agora? O negócio é aprender no dia-dia as deliciosas, curiosas, divertidas e, porque não, cansativas atividades de ser MÃE. Na época me senti muito perdida, sem referências, sem saber o que fazer e por onde ir. Hoje continuo assim. Sigo meu instinto. Vou até onde meu filho deixa.

Ahhh, meu filho... Francisco tá com 13 meses e 2 dias. Tem sido maravilhoso acordar com o sorriso cheio de covinhas que ele tem. Foram poucas as vezes que esse garoto despertou chorando. Ele acorda com um bom humor tão gostoso de sentir. Por ele eu esqueço o cansaço, o estresse, a fadiga. Mas às vezes, sinto tudo isso sim. A maternidade fez despertar em mim um lado desconhecido (que piegas!). Um lado carinhoso, afetuoso, brincalhão. Até na culinária estou me arriscando.

Meu bebezuco com 10 meses

É maravilhoso? É. É cansativo? Muito. Não me vem com esse papo de conto de fadas, por favor. Como a vida, tem seus dias bons e ruins. É o que pretendo com esse espaço. Contar meus desafios (que podem ser de outras tantas mães), minhas conquistas, meus medos. Não tenho a mínima pretensão de ser modelo pra ninguém. Mesmo porque detesto rótulos.

Só quero dividir um pouquinho a minha vida de mãe.

Bj nas crianças <3